SOBRE NÓS
EIXOS DE ATUAÇÃO
Missão
Promover a sensibilização integrativa e interseccional em prol da dignidade íntima.
Visão
Tornar-se referência em assistência às pessoas menstruantes de maneira integrada no estado de Sergipe.
Valores
Equidade
Ética
Transparência
Defesa de Direitos
Respeito à Diversidade
Desenvolvimento Humano
Autoconhecimento
Sustentabilidade
Nossa Equipe
Ana Lúcia
Angelina Mansur
Paula Martins
Nossa História
Como começou
Tudo começou quando uma de nossas voluntárias viu uma postagem em rede social de um relato de extrema pobreza menstrual. Diversas pessoas estavam desabrigadas pela chuva em Aracaju e provisoriamente alojadas em uma escola pública. Uma mulher vítima dessa situação procurou ajuda e perguntou se tinha como conseguir absorventes visto que além de desabrigada estava, naquele momento, menstruada. A prioridade era a arrecadação de alimentos, colchões e cobertores. Os voluntários presentes naquela situação foram pegos de surpresa por essa necessidade. A situação de vulnerabilidade desta mulher por conta da menstruação e o infortúnio da enchente marcou significativamente nossa voluntária.
Inspiração
Após esse episódio marcante, a voluntária sentiu a necessidade de fazer mais para acolher pessoas nesse tipo de situação. Foi a partir daí que surgiu a ideia de fundar uma associação em prol do combate à pobreza menstrual.
Primeiras ideias
Pesquisas preliminares sobre o assunto foram feitas. O quadro mundial e a situação brasileira sobre a pobreza menstrual demonstrava uma invisibilização tremenda sobre o tema e poucas iniciativas de legislação e de políticas públicas. Notou-se que Sergipe detinha somente ações assistenciais pontuais de doação de absorventes por parte de ONGs ligadas à questões de gênero, coletivos e outros grupos sociais. Nesse sentido, a Ciclo Fraterno se destaca também pelo seu pioneirismo em se dedicar exclusivamente à educação e cuidados menstruais.
Contexto social e histórico
Ainda durante o processo de fundação da associação, ocorreu o primeiro veto do ex-presidente da República ao projeto de lei que garantia a distribuição de absorventes descartáveis de forma gratuita nas UBS e escolas públicas. A partir de então o tema da pobreza menstrual tornou-se ainda mais popular, notou-se uma maior pressão da opinião pública contrária à decisão. Diante disso, o Congresso Nacional derrubou os vetos à Lei 14.214 que cria o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. No âmbito local notamos certos avanços na discussão: Estudantes do Colégio Atheneu desenvolveram o Projeto de Lei ‘Programa Absorvente é Direito’, que ficou em 2º lugar, na Câmara Federal, apresentado no Parlamento Jovem Brasileiro. Além disso, na prefeitura de Aracaju criou o Projeto Florir em que há distribuição de absorventes nas escolas públicas municipais. O atual presidente da República ampliou o escopo e sancionou um novo decreto para o combate à pobreza menstrual. As tratativas já estão sendo discutidas a nível ministerial para planejamento de execução dessa política pública.
Início próspero
Mas ainda há caminho a ser percorrido para que a legislação federal se materialize e que se tenha também dignidade em outros fatores que influenciam na pobreza menstrual (acesso à água, esgoto, descarte adequado de lixo, acolhimento psicológico e sensibilização sobre os cuidados com a higiene). Seguindo o propósito, mais mulheres gradualmente foram se dispondo a ajudar para a construção da associação. E atualmente estamos aqui realizando este sonho de ajudar o maior número de pessoas menstruantes a alcançar a sua dignidade íntima. "Onde há uma vontade, há um caminho".