Ciclo e Arte

Dentre as propostas da Ciclo Fraterno queremos também tratar a quebra de tabus, desmistificação da menstruação e acolhimento às pessoas menstruantes através da arte. A arte cura e exerce uma ferramenta poderosa de comunicação e reflexão de temáticas importantes. As manifestações artísticas são um processo singular da jornada humana. A cultura e a arte têm um igualmente importante em relação aos demais aspectos da vida sociopolítica, já dizia a letra do Arnaldo Antunes “A gente não quer só comida/ A gente quer comida, diversão e arte“. O nosso desejo é que as artes em nosso site possam curar as dores de meninas, mulheres e de todes que sofrem de privação de afeto, conhecimento, empatia, compaixão e acesso aos seus direitos fundamentais.

A Gabi Etinger nem nos conhece pessoalmente, mas prontamente disse sim ao nosso pedido, e de forma muito generosa e solícita, criou essa arte linda especialmente para a Ciclo Fraterno, doando seu tempo e seu talento.

Ciclo e Renovação


Na ilustração digital trabalhei com desenhos de linhas e imagens bem orgânicas, ligadas ao ciclo e renovação. As flores e brotos têm formas e simbologia que remete ao corpo feminino e ciclo menstrual. No centro há a forma de uma concha que simboliza a vagina, envolta por diferentes tons de vermelho e formas variadas, como as fases da menstruação.

Gabi Etinger
Gabi Etinger

Artista visual graduada em Design Gráfico. Desenvolve projetos gráficos e animações 2D com práticas artesanais. Ilustrou e animou os videoclipes Dois peixinhos (RXHM) e Cuna (Camilla Campos). Acompanha a cena cultural de Aracaju/SE criando cartazes para filmes e espetáculos, encartes de discos e publicações em geral, por meio da Calango Design e Comunicação (@calangodc). Realizou exposições com experimentações gráficas: Xiloanime (2010) e Êxodo (2012, em parceria com o fotógrafo Victor Balde). Tem uma produção mais intimista, que explora desde 2010, com trabalhos sobre a subjetividade feminina em exposições e vídeo: Tramas (2010), O amor em retalhos (2013), Minha verdade é vermelha (2019) e Grão (2020, com trilha sonora de Ricardo Vieira). Faz parte do coletivo Letra Curva, com Rian Santos e Tiago Oliveira, colando lambes e questionamentos pelas ruas de Aracaju. É designer e publica crônicas visuais na seção Olho Gordo do site Poca Olho. Nasceu em Aracaju/SE, 1986, onde vive e trabalha.

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